segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Que atire o primeiro travesseiro, quem achar que nunca roncou.

A gente nasce, cresce, vira adolescente , arruma um namorado e depois casa.
Tudo corre perfeitamente bem...dormir abraçadinho, de conchinha até que um dia você nota que.....ele "ronca".
No começo um carinho pra ele se virar....depois uma chacoalhadinha no ombro...um cafuné na cabeça e depois.... a "insônia".
Eu ficava irritada, custava pegar no sono mas acabava dormindo (pelo menos na maioria das vezes)
Aí se passam vinte e tantos anos de casamento até que eu também começo a "roncar".
Como diz o ditado...pimenta nos olhos dos outros é refresco!

Tenho o hábito de dormir com o braço pra cima  da cabeça e toda noite acordo com meu marido tirando meu braço dessa posição.
Cansada de acordar toda noite com esse ato, perguntei porque ele mexe na posição do meu braço. Ele ironicamente diz que com o braço pra baixo eu paro de roncar.
Quer dizer: eu aguento o ronco dele por vinte e tantos anos e ele já não está aguentando o meu ronquinho que acaba de ser inaugurado!
Algumas vezes , quando minha insônia pegava pesado, eu simplesmente ia dormir na sala e nunca acordei meu marido durante a noite pra ele parar de roncar. Afinal respeito o descanso dele e sei que ele acorda cedo e precisa estar bem no dia seguinte.
Mas constatei que a recíproca não é a mesma e ele não faz cerimônia nenhuma em me acordar durante a noite. Mesmo sabendo que não durmo com a mesma facilidade que ele, que nem chega a finalizar a frase boa noi..zzzzzz....e já dormiu.
Uma vez  manifestei minha vontade de construir nossa casa com um quarto cada um. Afinal para dormir não e necessário que fiquemos no mesmo recinto.
Além do ronco tem a TV dele ligada a noite toda que me incomoda profundamente.
O fato de cada um ter o seu quarto, não representa que o casamento esfriou ou que um não gosta mais da companhia do outro. Trata-se simplesmente de se ter um descanso tranquilo..tanto meu quanto o dele.
Mas ele não deixou nem eu terminar a conversa, disse que  não tinha cabimento.
Isso porque na época, só "ele" roncava.
Agora que faço parte do mundo dos decibeis, estou notando que o ponto de vista do meu marido  com relação aos dois quartos,está começando a mudar.
Tenho certeza  de que se eu propor um quarto para cada um,  ele vai pensar no caso e  não achará mais nenhuma heresia.

Manhê!!!!! sai desse computador!





A primeira vez que ouvi falar em micro computador meus olhinhos brilharam. Eu ADORO  uma traquitana tecnológica e sempre fui assim desde pequena. Acho que Deus me despachou pra esse mundo na hora certa. Meu desenho favorito na TV eram os Jetsons com seus veículos espaciais e uma doméstica robô. (meu sonho até hoje). Mas...voltando ao micro...Assim que vi um, disse pro meu marido: eu quero.
Ele só me respondeu: pra quê? O quê você  vai fazer com isso?  Fiquei muito p...da vida por ele ter quebrado meu barato,  mas profetizei...eu ainda vou ter um...pode datilografar.
Passou algum tempo, as crianças começaram a usar computador na escola e eis que finalmente meu marido se rendeu a modernidade e comprou um Pentium 166. Uau! Acho q meu celular de hoje tem mais memória do que ele, mas foi a glória.
Daquele dia em diante meu mundo se expandiu. Aprendi muita coisa sozinha e outras com as crianças. Virei uma pessoa conectada. Me aventurei por emails,  ICQ s , MSNs e lógicamente o Orkut....
ai o Orkut....minha filha num show de rock e eu ligando no celular dela, perguntando como  mandar um scrap. Inesquecivel!..Eu berrando no telefone e ela....que mãe? Não to ouvindo nada!
Hoje, eu e muitas cinquentinhas, sessentinhas e até mais do que isso, trocamos o livro de receitas pelos favoritos, a troca de receitas com as amigas  no café da tarde pelo email, twitter e o MSN.A novela a gente assiste pelo Youtube e até o radinho de pilha foi substituido pela web rádio.
As horas de conversa ao telefone (daquelas de adormecer as orelhas) pelo teclado e a webcam, onde se fala e se vê ao vivo e a cores, num aparelho que fica na bancada da cozinha.
Tudo o que era obra de ficção para nossas mães e avós tornou-se realidade, e podemos dizer que demos início ao um novo modelo de vovozinha.
Outro dia vi um post no twitter feito por uma sobrinha, dizendo que enquanto ela fazia um trabalho manual a avó dela estava com o laptop acessando o Orkut.
Não falei que com a gente são outros 50?

domingo, 29 de agosto de 2010

Com que roupa eu vou?

Sou uma pessoa que  nunca teve problemas para comprar roupas, até entrar na “maturidade” (vamos dizer assim  para pegar leve)
Chega um momento que a gente descobre que aquelas roupinhas que você  amava na adolescência, já não ficam maravilhosas , mesmo que seu manequim continue o mesmo.
No auge dos meus quinze anos, usava o mesmo número de hoje. Eu era gordinha naquela época também.
A tempos estou a procura de uma bata de cambraia branca (meio túnica)bem ao estilo hippie anos 70, e esses dias me deparei com uma, exatamente do jeito que eu queria.
Entro na loja, pego o cabide e vou correndo para o provador, já imaginando a maravilha que será  usa-la com um belo jeans. (como antigamente)
Infelizmente a imaginação vai alem da realidade e eis que me vejo frente ao espelho vestida como um galão d’agua.
Pra começar, os braços ocuparam todo interior das mangas inibindo um pouco o movimento. Onde deveria ficar um leve franzidinho no punho da meia manga, vira uma máquina de tortura que aos poucos vai apertando, apertando até deixar aquele vergão vermelho que você só se dá conta na hora do banho.
Abaixo da pala, o franzido romântico, vira o tal babado da capa de galão, mais parecendo uma roupa de baiana de escola de samba  que só vai até a altura da cintura.
Agora vocês vão dizer...era só pegar um numero maior!!  Mas não é simples assim.
 O que antes caia como uma luva, enfrenta agora os efeitos deixados pelas leis da gravidade e da sanfona (engorda /emagrece)  Pneuzinhos nas costas se formam até em gente anoréxica depois de determinada idade. A gordura localizada nos braços é primeira coisa que aparece. Quando se consegue elimina-la,  ela é substituída  pela mui amiga flacidez.Essa mesma toma conta de qualquer manga ou então te deixa com aqueles braços enormes dignos de uma  nona italiana.
Nem é preciso por a culpa na balança.
O problema está na transformação  que faz com que um babadinho lindo na altura da cintura se torne “Ô BABADO”
Quanto a minha túnica...deixou de ser meu  objeto de desejo.
O jeito é  cair na real e deixar de imaginar um corpo que não lhe pertence maisl

sábado, 28 de agosto de 2010

Aprendendo sempre.

Estou inaugurando o blog no dia do meu aniversário de 50 anos. Sim, eu nasci as 2:45hs do dia 28/08/1960,portanto completei os cinquentinha a exatos 25 minutos atras.
Queria fazer a primeira postagem exatamente no horário do meu nascimento, mas cadê que eu consegui.
Nunca fiz um blog na vida e to fazendo esse por conta e risco próprio. To apanhando dele, até!
Pra começar, não sei onde foi parar a descrição do blog (se alguem souber ...me informe please!)
Sei que tem muita coisa pra descobrir como funciona por aqui, enquanto isso espero que compreendam que sou uma iniciante no ramo.
Para terminar esse post, aqui vai uma foto de cinquentinha antes, para voces verem como meus pneuzinhos tiveram seus dias de glória e hoje não tem a menor graça.