quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Revellion Expresso

Já postei aqui como é complicado na minha casa planejar o Reveillon. Antigamente, lá na minha infância, passagem de ano se resumia a uma ceia a meia noite e apenas meu pai, minha mãe, meu avô que morava conosco e meus irmãos.
Esperava-se a meia noite, estourava-se um champagne, brindávamos e íamos dormir depois de desligar a campainha de casa,porque a criançada na rua ficava pedindo trocados de "boa entrada".
Uma tradição sei lá de onde, mas muito usada antigamente. Hoje a tradição de pedir coisas é  no dia das bruxas (travessuras ou gostosuras)
A gente só reunia a família toda no Natal. No Ano Novo cada um tomava um rumo diferente.
Como morávamos no interior, naquela época era só a gente mesmo. Eu achava isso um saco...tinha que ficar acordada até meia noite pra depois ir dormir sem papai noel e sem presentes.
Aí voltei a morar em Sampa e o Ano Novo passou a ser um pouquinho melhor apesar de eu querer mais é viajar como a maioria dos paulistanos, mas minha família era daquelas prisioneiras da casa mesmo, principalmente meu pai, que continuou com trabalho no interior. Então quem viajava no Reveillon pra passar com a gente era ele que vinha pra casa.
Quando casei achei que aí sim ia mudar , mas que nada....a família do meu marido era tão caseira quanto a minha e a única coisa que mudou foi o local da ceia, que foi para a casa dos meus sogros.
Enfim...meus pais e sogros morreram e todo ano é a mesma história...eu quero viajar e meu marido fica me enrolando. Consegui depois de muito custo mudar a ceia para um restaurante mas viajar mesmo....nada. Em cinquenta anos viajei duas vezes apenas: uma para Águas de Lindoia com a família do meu marido, debaixo de uma chuva incessante e a outra foi para Ubatuba. Essa sim,  foi a melhor passagem de ano da minha vida...10 dias de sol escaldante, praia, piscina e queima de fogos.
Nesse Reveillon eu persistentemente tentei armar uma viagem novamente, mas claro que meu marido enrolou...enrolou e não me deixou reservar nada.Então já íamos fazer a reserva no mesmo restaurante para passar a ceia quando meu filho disse que não passaria conosco. Aí eu falei...que ótimo! Meu marido não me deixou marcar nada em função de reunir a família e agora a gente estava aqui com cara de tonto.Foi aí que eu soube que minha filha também tinha um Reveillon para ir com os amigos mas que estava preocupada em nos deixar na passagem de ano. Eu rapidamente disse que ela tinha mais é que ir para a festa. Lembrei da bronca que eu tinha de ficar naquela ceia chata presa em casa enquanto meus amigos se divertiam e viajavam. Meu marido concordou também e assim ficamos agora apenas dois.
Mas quem acha que me dei por vencida e que meu Reveillon ia se resumir a nós dois, sozinhos em casa ou num restaurante qualquer, está  enganado. Eu sempre tenho um plano B. Nunca achei que meus filhos tem que viver na minha órbita.
Vários amigos já tinham nos convidado para passar o Reveillon e é com alguns desses amigos que estaremos nessa virada.
Como eu já estou acostumada a decisões de última hora, tinha feito reserva de hotel em São Paulo, e é pra lá que  iremos. Só tive que achar hospedagem pro Bidú de última hora que foi o mais difícil, mas consegui.

E é assim que vai ser mais um Reveillon expresso e de última hora na minha vida.

Feliz 2011!!!

2 comentários:

Sonia disse...

É verdade, os filhos não foram feitos pra ficar na barra da saia dos pais, mas vc com o seu plano B, se saiu otimamente bem, nada como ser esperta e confiar no próprio taco, não é mesmo?
E que venha um 2011, cheio de realizações, esperança e renovação.

Cléo disse...

Os filhos crescem, casam e nossa vida vai se modificando. O importante é a gente ir se adaptando a cada fase que vem pela frente. Temos que estar preparadas p/ mudanças e isso eu sei que vc tira de letra. C/ certeza vc teve uma ótima passagem de ano. Agora, lá vamos nós enfrentar 2011, fazendo novos planos e não esquecendo de deixar um plano B engatilhado. Bjs e feliz 2011!!!