Dizem que na vida a gente tem que plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Plantei um coqueiro no meu jardim (o Severino), fiz e criei um casal de filhos e agora resolvi escrever um blog. Completo nesse exato momento (28/08/2010 as 2:45 hs) 50 anos, então vou deixar aqui registrado como é ter meio século de existência e como serão as coisas daqui pra frente. Pretendo mostrar através desse blog que não se faz mais 50 anos como antigamente.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Ainda somos os mesmos.
Sou uma pessoa que tem uma relação muito atípica como o passado.
Não gosto de ficar dissertando sobre o que passou e dizendo: aquilo sim era tempo bom. Acho que durante a vida toda temos tempos bons e ruins. Ficar querendo que aquele passado volte é perda de tempo...é contra a lei do relógio.
Sou do lema vamos em frente que atrás vem gente e quem vive de passado é museu.
Esse passado que me incomoda é aquele que as pessoas ficam voltando séculos dizendo...sou descendente de nobres da Europa, minha família tem sangue azul e deixou um enorme castelo por lá. Ou então...ficar relembrando coisas perdidas... imóveis, carros e herança, ou ainda ficar falando mal dos tempos atuais como se as décadas passadas fossem exemplos de perfeição para a humanidade.
Não sou uma pessoa sem sentimentos que deixe para trás as verdadeiras e boas lembranças de fatos da vida ...essas sim, são os únicos bens que levaremos para a eternidade.
Mas porque estou falando tudo isso? Bem...ontem a noite saímos para mais um ótimo programa em família e fomos todos (os cinco) no mesmo carro.
Isso sempre que acontece nos proporciona momentos de muitos risos e as vezes também de acaloradas discussões sobre certos assuntos, afinal...família é família.
Quando as crianças eram pequenas, toda vez que entravamos no carro, meu marido sempre criava algum tipo de brincadeira para distrai-las. Eram disputas acirradíssimas para ver quem formava palavras com as 3 letras da placa do carro da frente, ou então somar, dividir e multiplicar os números das placas, para encontrar um determinado resultado. Talvez até esse tipo de incentivo, tenha colaborado na formação dos dois talentos nas áreas de exatas (Thiago) e humanas(Thaís) que temos em casa.
Ontem quando voltávamos de Campinas, olhei para o céu e comentei...gente... olhem que lua linda! Meu marido imediatamente começou a cantar a música Malandrinha , interpretada por Martinho da Vila, que fala sobre a lua. Pronto....foi o que faltava para começarmos uma daquelas brincadeiras....escolhia-se uma palavra que aparecesse em alguma placa de estrada e ganhava quem achasse uma música com a tal palavra.
Essa brincadeira rendeu muita...mas muita risada a ponto do Thiago e da Thaís chorarem de rir ao relembrar uma tal música da jibóia que tinha a palavra jóia sugerida em alguma placa.
Por uns 30 minutos todos voltamos no tempo e nosso carro parecia aquele de 15 anos passados, quando a gente saia para os passeios de final de semana.
O passado....passou, mas nada impede o presente de ser tão maravilhoso quanto ele, porque afinal de contas... ainda somos os mesmos.
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3 comentários:
Gostei muito do texto e muitas vezes, tb me lembro de coisas gostosas,como essa que vc contou.O tempo passou, mas as lembranças ficaram,se boas ou não,isso agora já não importa mais, uma pessoa sem passado, não viveu, apenas passou pela vida.E como diz o texto, ainda somos os mesmos e recordar e dar boas risadas, faz um bem danado. As coisas tristes,essas sim,a gente pula, mas nunca vamos esquecer que elas tb existiram.
Costumo dizer que gosto de lembrar e recordar as coisas do passado c/ carinho, nunca c/ o pensamento que queria que voltasse, mesmo pq seria impossível. Adorei o texto!!!
Que texto mais lindo!! Sem palavras!!
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